Hospital Dom Vicente Scherer

Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre
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Sucesso em Novos Transplantes de Fígado

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No final do mês de outubro, a equipe de transplantes hepáticos da Santa Casa era só sorrisos. A alegria de todos tinha um motivo, ou melhor, três bons motivos, o sucesso de três novos transplantes de fígado.

Há oito anos, um grupo reunindo cirurgiões, anestesistas, uma enfermeira e um veterinário deu início a um projeto arrojado que necessitava de grande persistência, dedicação e infraestrutura. Estava começando a caminhada para o primeiro transplante de fígado do Rio Grande do Sul. No dia 15 de junho de 1991 esta longa jornada de trabalho, estudos e dedicação tornou-se realidade.

Realizava-se o primeiro transplante de fígado no Estado na paciente Marilene da Rosa, 25 anos, natural de Portão-RS.

Desde lá, o Serviço de Transplantes Hepáticos já realizou 9 transplantes, três destes nos últimos meses.

No dia 31 de julho, Irajá Antônio Ribeiro, 36 anos que sofria de cirrose hepática submeteu-se ao transplante. Sua rápida recuperação animou a todos. No mês seguinte foi a vez do senhor Arthur Vargas, 54 anos, realizar a cirurgia. Vítima, também, de uma cirrose hepática, somente o transplante poderia restabelecer sua saúde. Porém foi Reinaldo Matias Martins Júnior, 21 anos, quem surpreendeu a todos. Transplantado no dia 9 de outubro, três dias após a cirurgia já se alimentava normalmente e no sexto dia já deixava a unidade de tratamento intensivo.

É através do sorriso de Reinaldo, que agora só pensa em voltar aos estudos e cursar Engenharia Eletrônica, que a equipe liderada pelo Dr. Guido Cantisani, se gratifica e justifica a luta contínua por doações.

A história dos transplantes de fígado

O transplante de fígado, nos últimos anos, evoluiu de um estágio experimental, em que era realizado em poucos centros médicos, para forma de tratamento a pacientes com uma grande variedade de doenças hepáticas intratáveis por meios cirúrgicos ou clínicos.

Atualmente, muitos centros em todo o mundo realizam transplantes de fígado. O critério fundamental para um paciente tornar-se candidato ao transplante é o de ser portador de uma doença crônica, ou aguda, que seja rapidamente progressiva, irreversível, e que não tenha indicação para nenhuma outra modalidade médica ou cirúrgica de tratamento.

A primeira tentativa experimental foi feita em 1955, e o fígado foi colocado em posição heterotópica (técnica que o fígado do receptor permanece no lugar).
Após estudos técnicos em cães, o primeiro transplante ortotópico em humanos foi realizada pelo Dr. Thomas Starzl, em março de 1963, em Denver, Estados Unidos.
Na Europa, o primeiro programa de transplante de fígado foi iniciado em Cambridge, Inglaterra, em 1968 pelo Prof. Sir Roy Calne, permanecendo até hoje, quando são realizados, em média, 120 transplantes por ano, sendo um dos centros mais ativos e importantes do mundo.

Por mais de 15 anos o transplante hepático ficou restrito a um pequeno número de centros nos Estados Unidos e Europa.

Nos últimos anos, com a introdução de novas técnicas aliadas a novas drogas imunossupressoras, houve uma melhora acentuada nos resultados de sobrevida, e muitos centros desenvolveram em todo o mundo.

O Transplante Hepático é um procedimento cirúrgico complexo, e que somente pode ser realizado com um atendimento multidisciplinar adequadamente planejado. Os pioneiros no transplante de fígado, e ainda hoje chefes dos mais renomados serviços, referem que o treinamento em animais é a base na qual deve ser constituída a aplicação clínica, e que o procedimento não deveria ser realizado em humanos, sem primeiro uma aquisição de experiência em laboratório de cirurgia experimental em centros de transplante hepático com experiência acumulada.

A equipe

Diversos profissionais compõe a equipe de transplantes hepáticos da Santa Casa.

São eles: Cirurgiões – Guido Cantisani, Maria Lúcia Zanotelli, Santo P. Vitola, Paulo Motta, Carlos Fischer, Eduardo Weir e Guaracy T. Filho;

Anestesistas – Ulisses Dreschsler e Fredrich Bredemeier;

Gastroenterologistas – Cláudio Marroni e Ajácio Brandão;

Patologista – C. Tadeu Cerki;

Hematologistas – Mirna Barison e Dario Brum;

Intensivistas – Edson Rodrigues e Josué Vitorino;

Perfusionista – Cristina Rednehr;

Enfermeiras – Gelir Lourdes Scolari e Núbia Bache;

Assistentes Sociais – Ligia Lubbe e Izabel Oliveira.

Além de toda a equipe de Enfermagem, da UTI e da ala de internação, e de Nutrição do Hospital São Francisco.

Fonte: Santa Casa Notícias – Outubro/Novembro – 1994

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