Nos últimos cinco anos, a equipe da Santa Casa utilizou todos os fígados que lhe foram oferecidos e que estivessem em condições de serem transplantados
A conscientização para a doação de órgãos implica numa mudança de cultura, o que sempre é um processo lento. No Brasil, apesar de todas as campanhas que têm sido feitas nesse sentido e da crescente conscientização das pessoas, ainda estamos longe dos índices de doação registrados na Europa e nos Estados Unidos. Na Espanha, por exemplo, o índice é de 40 doações/ano por milhão de habitantes, enquanto no Rio Grande do Sul, apesar de ser o Estado com o maior índice de doações do país, essa relação é de oito doações/ano por milhão de habitantes.
A quebra consecutiva de recordes no número de transplantes exige, além do aumento correspondente no número de doações, a disponibilidade per- manente dos diversos profissionais que integram a equipe. O estado de alerta é permanente. “Nos últimos cinco anos, não deixamos de utilizar nenhum fígado que nos foi oferecido e que estivesse em condições de ser transplantado”, orgulha-se o Dr. Guido Cantisani, que faz parte do grupo de transplantes hepático da Santa Casa desde a primeira cirurgia desse tipo feita na Instituição.
Fonte: Santa Casa Notícias – Janeiro/Fevereiro de 2001
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